Sem a construção de nenhuma nova unidade, capacidade do sistema prisional passa de 8.415 para 10.499 vagas
Com ‘puxadinhos’, o Estado criou mais de 2.000 vagas no sistema prisional da RMVale em um ano, sem a construção de presídios. Em julho de 2014, as 12 unidades tinham capacidade para abrigar 8.415 presos e agora comportam 10.499, aumento de 2.084 ou 24,76%. No início de 2014, o número era menor: 6.655.Segundo agentes, a ampliação é realizada por meio da criação de novas alas ou da reforma de celas e pavilhões, com o objetivo de ‘maquiar’ a superlotação e também como alternativa à construção de penitenciárias, evitando desgaste político.
No cinturão prisional de Taubaté e Tremembé, foram criadas 1.880 novas vagas em um ano. Nas prisões do Vale, as celas e pavilhões foram reduzidos para que outros fossem construídos, beliches foram trocados por triliches e foram criadas alas de progressão penitenciárias para presos que estão no regime semiaberto. Atualmente, são 14.892 detentos em 12 unidades, número maior do que a população de 19 municípios.
“É um puxadinho. O Estado fez reformas para caber mais presos nas celas. Além de começar a contar como vaga a enfermaria e outras áreas de passagem, provisórias”, afirmou o presidente da Aspesp (Associação dos Servidores Penitenciários do Estado de São Paulo), Jenis de Andrade, agente há 21 anos.
Outro lado. Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária disse o sistema paulista ganhou 932 presos por mês desde janeiro de 2011. Disse que mantém programa de expansão e modernização e amplia vagas no semiaberto.
fonte: Gazeta de Taubaté
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