segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Para metade do país 'bandido bom é bandido morto', diz Datafolha


Metade do país acha que “bandido bom é bandido morto”, segundo uma pesquisa do Datafolha. Dos 1.307 entrevistados em 84 cidades com mais de 100 mil habitantes, 50% concordam com a expressão, 45% discordam e 5% não concordam nem discordam ou não sabem. A pesquisa foi feita no dia 28 de julho.

Com a margem de erro de três pontos percentuais, o resultado teve empate técnico. A pesquisa, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foi publicada nesta segunda-feira (5) na Folha de São Paulo.

A diferença aumenta ou cai um pouco quando separada por sexo. Entre os homens, 52% concordam e 45% discordam. Já entre as mulheres, 48% concordam e 46% discordam. Separado por idade, quanto mais velho, mais a expressão é aprovada. Na faixa de 16 a 24 anos, 42% concordam. Já para os que têm 60 anos ou mais, 65% estão de acordo.

Quando separado por cor da pele, a maior diferença é entre brancos e pretos. Para os brancos, 53% concordam e 41% discordam. Já entre os pretos, 44% concordam e 50% discordam. Por região do país, a maior diferença está entre o Sudeste – 48% concordam e o mesmo número discorda – e o Sul, onde 54% concordam e 37% discordam.


fonte: G1

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Presídios espalham violência pelo interior de São Paulo e Coordenador fica milionário



Hugo Berni Neto, responsável por 28 presídios do governo de São Paulo, conseguiu acumular patrimônio milionário em dois anos. Ele está na função desde 2006, passando pela direção do extinto Carandiru. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo e publicada nesta terça-feira (29).

O que pode ter sido um grande negócio para os defensores da política da violência (redução do gasto com educação e aumento com presídios e polícia) foi bem ruim para a população.

Os governos do PSDB, incluindo o atual governador Geraldo Alckmin, espalharam os presídios pelo estado nos últimos 20 anos e, com eles, a espalharam também a violência pelo interior de São Paulo, segundo estudo feito no ano passado por pesquisadores da Unesp.

De acordo com reportagem da Folha, o coordenador de presídios, Hugo Berni Neto, tem um salário de R$ 18 mil e é responsável por licitações milionárias da Secretaria da Administração Penitenciária.
Um dos contratos, que está sob a apuração do Tribunal de Contas do Estado, o da alimentação dos detentos da Penitenciária 2 de Itapetinga, é avaliado em R$ 1,2 milhão. A empresa vencedora da licitação que está sob investigação é a Geraldo J. Coan, que teve seus proprietários entre os denunciados da “máfia da merenda”, acusada de fraudar licitações e pagar propina em municípios do estado.

Em pouco tempo Berni se tornou sócio da irmã em uma empresa imobiliária, que segundo ele é uma herança de família. A imobiliária constrói casas avaliadas hoje em mais de R$ 7 milhões. Ele também é sócio, desde 2013, da Midas Empreendimentos, que com a sua entrada aumentou o capital social de R$ 2.000,00 para R$ 273 mil, adquirindo diversos imóveis no interior paulista. “Minha vida pública não se misturou com a privada”, negou Berni qualquer relação entre enriquecimento e licitações.


 fonte: Carta Campinas