A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo prenderam 35 pessoas, a maioria advogados e bacharéis de Direito, suspeitos de envolvimento com o crime organizado.
Um dos principais presos é Luiz Carlos dos Santos, vice-presidente do 
Condepe, um conselho criado por lei estadual para apurar violações de 
direitos humanos. A entidade atua de forma independente e recebe apoio 
da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.
Os policiais chegaram a ir até a sede do conselho para apreender 
documentos e computadores. Os investigadores descobriram que Luiz Carlos
 dos Santos usava a função no conselho para ajudar a quadrilha que age 
dentro e fora dos presídios.
A facção criminosa tinha o plano de eleger dois conselheiros do 
Conselho Estadual de Direitos Humanos. Como não conseguiu, segundo a 
polícia, resolveu cooptar um deles. O vice-presidente Luiz Carlos dos 
Santos é acusado de receber R$ 5 mil por mês para fazer denúncias falsas
 contra policiais e, assim, desestabilizar a segurança pública de São 
Paulo.
O pagamento desse valor mensal aparece em e-mails trocados entre Luiz Carlos dos Santos e uma advogada que também foi presa.
Em um dos e-mails, Luiz Carlos oferece uma vistoria na penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes, no interior do estado, por R$ 10 mil. A advogada afirma que Luiz Carlos cuidará das vistorias em favor da organização criminosa com o auxílio de desembargadores e que isso teria um custo adicional de R$ 150 mil. Mas o Ministério Público diz que, por enquanto, nenhum desembargador está sendo investigado.
Em um dos e-mails, Luiz Carlos oferece uma vistoria na penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes, no interior do estado, por R$ 10 mil. A advogada afirma que Luiz Carlos cuidará das vistorias em favor da organização criminosa com o auxílio de desembargadores e que isso teria um custo adicional de R$ 150 mil. Mas o Ministério Público diz que, por enquanto, nenhum desembargador está sendo investigado.
A operação desta terça-feira é resultado de uma investigação que começou há um ano e meio.
No ano passado, a partir da interceptação de uma carta, a polícia descobriu que um grupo chamado “Sintonia dos Gravatas” trabalhava para o crime. São os advogados, que segundo a polícia, serviam de pombo-correio e que foram presos nesta terça.
No ano passado, a partir da interceptação de uma carta, a polícia descobriu que um grupo chamado “Sintonia dos Gravatas” trabalhava para o crime. São os advogados, que segundo a polícia, serviam de pombo-correio e que foram presos nesta terça.
“Às vezes é uma execução de uma prática criminosa. Só isso já fere por 
completo a legalidade e os princípios éticos que regem a advocacia. Isso
 não é pouca coisa. Diga-se de passagem, isso é uma ação que envolve um 
determinado grupo de advogados, isso não é uma coisa da advocacia”, diz 
Mágino Alves Barbosa Filho, secretário de Segurança Pública de SP.
Na operação, batizada de Ethos, também foram presos advogados na 
capital, em cidades do interior e no litoral. Todos foram levados para o
 presídio de Presidente Venceslau, a 600 quilômetros da capital.
 O Jornal Nacional não conseguiu contato com a defesa do conselheiro 
Luiz Carlos dos Santos e da advogada Vanila Gonçalves, citada nos 
e-mails.
A presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Diretos da Pessoa 
Humana se declarou surpresa com a prisão do conselheiro. Maria Nazaré 
Cupertino disse que todas as denúncias apresentadas por Luiz Carlos têm 
consistência e estão sendo investigadas.
fonte: G1 
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