quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Manifestação no CDP de Taiúva
Na manhã desta segunda-feira (13), cerca de 50 pessoas realizaram um protesto em frente ao CDP de Taiúva, pedindo melhores condições de tratamento aos homens detidos no local. As manifestantes - a maioria mães e mulheres de detentos - relataram que a estrutura do local também é precária. A unidade tem capacidade para 768 presos, mas abriga 960, segundo dados da Secretaria de Administração Penitenciária.
A manicure Vilma Rodrigues Ribeiro, de 54 anos, contou que a direção do CDP frequentemente reduz a comida e suspende a água potável oferecida, como forma de punir os presos. Vilma reside em Monte Azul Paulista (SP) e vai ao presídio semanalmente para visitar o filho, preso há um ano por suspeita de tráfico de drogas.
“Algumas celas têm 22 presos, sendo que só cabem 12 em cada uma. Eles são muito mal tratados. Há 15 dias, eu levei um par de tênis e um xampu, mas nada disso chegou nas mãos do meu filho. Eles fazem isso de propósito para prejudicar os presos”, reclamou.
Uma vendedora que preferiu não se identificar também contou que a estrutura do CDP é precária. A mulher afirmou que o marido está preso no local há três meses por suspeita de furto e, em uma das visitas que fez a ele, constatou que não havia água nos banheiros. “Estava um cheiro horrível, não dava para dar descarga. Ele já disse que encontrou caco de vidro dentro da comida. É muita humilhação.”
Secretaria
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou por meio de sua assessoria que a denúncia relatada pela mãe do detento não procede. Segundo a SAP, o rapaz ‘aparentemente possui problemas psiquiátricos e passou por avaliação médica nesta manhã. Devido à medicação tomada, encontra-se desorientado, porém, com a integridade física intacta’.
Sobre a manifestação realizada nesta segunda-feira, a direção da unidade informou que se reuniu com familiares dos detentos e ouviu todas as revindicações.
fonte: G1
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