P1, P2 e CDP abrigam ao todo 3.988 presos, onde deveria haver 1.571; fato agrava o risco de rebeliões
Espaços que deveriam ser ocupados por 1.571 pessoas, abrigam 3.988. O déficit é de 2.417 vagas.
Esse é o quadro da superlotação carcerária na cidade de Sorocaba, que compreende duas penitenciárias e um Centro de Detenção Provisória (CDP). O total excedente de presos equivale a 153,8%. O quadro na região não é muito diferente. Se somarmos os detentos das penitenciária em Iperó e das duas em Itapetininga, o total de presos na região chega a 8.935, ou seja, 82,5% a mais que as 4.897 vagas oferecidas. Os dados são da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do Estado de São Paulo, referentes a dezembro passado, e dão ideia da temerosidade dos agentes de segurança penitenciária quanto ao risco iminente de rebeliões.
Com base no levantamento oficial da SAP, o problema mais grave de superlotação em Sorocaba estaria no CDP, que tem capacidade para 576 homens, mas contabiliza 1.506, isto é, 930 pessoas a mais que o previsto. A penitenciária "Dr. Antônio Souza Neto", a P2, no bairro Aparecidinha, tem 950 presos excedentes, entre o regime fechado e o anexo de regime semiaberto (Arsa). Suas 500 vagas no "fechado" são ocupadas por 1.403, enquanto no semiaberto são 192 detentos em espaço destinado para 145. A penitenciária "Danilo Pinheiro", no Mineirão, a superpopulação é menor em termos numéricos, mas não menos pior, pois são 618 homens em regime fechado e 269 no semiaberto, para 210 e 140 vagas, respectivamente.
Em Itapetininga, a capacidade total seria de 1.608 vagas nas penitenciárias "Jairo de Almeida Bueno" e na P2 (cada uma com 804 vagas). A população carcerária chega a 2.821 homens, com um déficit carcerário de 76%, já que há um excedente 1.213 presos. A P1 tem 1.405 detentos e a P2, 1.416. Outra penitenciária, também sinônimo de pesadelo para os funcionários, é a "Odon Ramos Maranhão", de Iperó. Além do regime fechado, dispõe de Ala de Progressão Penitenciária (APP) e Anexo de Detenção Provisória (ADP).
A superlotação é geral: 1.917 homens ocupam celas destinadas a 1.218, e 209 presos da APP vivem confinados em espaços para 180. Apenas a ADP não tem superlotação, o detalhe é que foi criada para abrigar 320 homens, porém a unidade ainda não está concluída.
fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
créditos: Adriane Mendes
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