quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Sindicatos pressionam deputados sobre suposta lista de agentes alvos de facção



Diretores do SIFUSPEP e do SINDESPE estiveram nesta terça-feira, 22/11, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp), para pedir apoio dos deputados na exigência de um posicionamento da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo(SSP-SP) sobre a veracidade da existência de uma lista de agentes de segurança penitenciária(ASPs), agentes de escolta e vigilância penitenciária(AEVPs) e seus familiares, que estariam na mira de uma facção criminosa.

A lista teria sido elaborada por 40 advogados e pelo vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana(Condepe), Luiz Carlos dos Santos- a maior parte deles presos na manhã de hoje na esteira da Operação Ethos -  após receberem propina dos criminosos.
 
O dinheiro repassado pela facção também serviria, segundo o Secretário de Segurança Pública, Mágino Alves Filho, para fazer falsas denúncias de desrespeito aos direitos humanos nas unidades prisionais com o intuito de desestabilizar a SSP.
 
O objetivo da pressão feita pelos sindicatos é forçar os parlamentares a pleitear o acesso do SIFUSPESP e SINDESPE às investigações, já que a vida dos servidores que integram a categoria está em risco.
 
Os sindicatos vão encaminhar ofícios à SSP e à Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) exigindo informações sobre essa lista e também a respeito dos demais desdobramentos da Operação Ethos, que envolveu a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual, que investigavam os criminosos há 18 meses.
 

A FENASPEN, por sua vez, irá protocolar um ofício junto à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados. No legislativo federal, os sindicatos contam com respaldo do deputado Major Olímpio(PDT-SP), que se comprometeu a interceder em favor dos servidores do sistema prisional.
 
Na conversa com os deputados estaduais feita nesta terça-feira, o SIFUSPESP e o SINDESPE convidaram os parlamentares a participar do ato público contra a postura de não negociação do governo Geraldo Alckmin com os sindicatos, dentro da Campanha Salarial Unificada 2016, que acontece no próximo dia 30/11 em São Paulo, em conjunto com o SINDCOP.
 
Secretário de Segurança Pública não confirma existência de lista
 
Em entrevista coletiva dada a jornalistas na tarde desta terça-feira, o Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo(SSP-SP), Mágino Alves Filho, disse não ter a informação, publicada pela manhã em jornais e em portais de notícias, de que os advogados detidos possuíam uma lista com os nomes e endereços de servidores do sistema prisional que seriam alvo de ataques dos criminosos.
 
Alves Filho também afirmou que a maioria dos detidos não atuava na defesa da facção de forma “técnica”, mas sim serviam de “pombos-correio” ao levar informações de sentenciados para fora das muralhas e trazer outras informações de fora para dentro das unidades prisionais.


fonte: Sifuspesp

Vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos de SP é suspeito de fazer lista com nomes e endereços de Agentes Penitenciários e dos parentes deles para serem mortos.

Luiz Carlos dos Santos


Uma operação na manhã desta terça-feira (22), em São Paulo, prende advogados ligados a facções criminosas. Eles são suspeitos de movimentar o dinheiro do crime organizado e de indicar agentes penitenciários para morrer.



O vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Luiz Carlos dos Santos, está entre os alvos e já foi preso em Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo.

Ele e os outros advogados são suspeitos de movimentar dinheiro do crime organizado em contas bancárias e ainda de ajudar a criar uma espécie de banco de dados com os nomes e endereços de agentes penitenciários e dos parentes deles para serem mortos.

A operação da Polícia Civil e o Ministério Público já cumpriu pelo menos 30 dos 41 mandados de prisão na capital e no interior de São Paulo.

A investigação começou em presidente Prudente, onde estão dois presídios de segurança máxima.



fonte: Folha Política 

Operação Ethos prende sete advogados no Oeste Paulista


A Operação Ethos, realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual (MPE), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), prendeu sete advogados no Oeste Paulista, nesta terça-feira (22). Os presos são suspeitos de envolvimento com uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios do Estado de São Paulo. Entre os presos, estão duas mulheres e cinco homens.

Segundo o delegado Éverson Contelli, oito mandados de prisão estavam previstos para serem executados na região. “Dos oito [mandados], cumprimos sete e uma advogada, de Pirapozinho, ainda está foragida. Foram cinco prisões em Presidente Prudente, uma em Presidente Venceslau e outra Estrela do Norte. Todos prestaram depoimento e serão encaminhados para unidades prisionais da região”, explicou o delegado.

De acordo com Contelli, a prisão dos suspeitos é preventiva por cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período. As mulheres serão levadas para o presídio feminino de Tupi Paulista e os homens para a Penitenciária "Zwinglio Ferreira", a P1 de Presidente Venceslau. Todos ficarão em sala especial por possuírem ensino superior, ainda segundo o delegado.

A operação

A operação teve início às 6h desta terça-feira (22). Na casa dos detidos, os agentes apreenderam documentos, notebooks e celulares, que serão periciados.

O inquérito policial sobre o caso foi instaurado em maio de 2015 para apurar crimes de organizações criminosas, lavagem de dinheiro, associação para fins de lavagem, exploração de prestígio e corrupção ativa.

As investigações começaram após informações reveladas através de uma carta que foi interceptada por agentes da Penitenciária “Maurício Henrique Guimarães Pereira”, a P2 de Presidente Venceslau, no dia 11 de maio de 2015, durante procedimento de varredura de rotina realizado no telhado sobre os raios 3 e 4 da unidade.

Conforme a Polícia Civil, os envolvidos nos crimes tinham uma célula denominada “sintonia dos gravatas” – modo como é tratado o departamento jurídico da facção criminosa – criada inicialmente para prestação de serviços exclusivamente jurídicos aos líderes da “sintonia final geral” ou “conselho deliberativo”, que são os chefes da organização ilícita. Esses advogados evoluíram da licitude para a ilicitude, porque se percebeu a capacidade de infiltração dessa célula, sempre blindada pelo sigilo constitucional do advogado.

A ação, realizada no Estado, contou com 159 delegados, 459 policiais civis, 65 promotores e 167 viaturas. Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também acompanharam as buscas nas residências e as prisões dos suspeitos.


fonte: G1

Polícia prende advogados suspeitos de ajudar facção criminosa em SP


A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo prenderam 35 pessoas, a maioria advogados e bacharéis de Direito, suspeitos de envolvimento com o crime organizado.

Um dos principais presos é Luiz Carlos dos Santos, vice-presidente do Condepe, um conselho criado por lei estadual para apurar violações de direitos humanos. A entidade atua de forma independente e recebe apoio da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.

Os policiais chegaram a ir até a sede do conselho para apreender documentos e computadores. Os investigadores descobriram que Luiz Carlos dos Santos usava a função no conselho para ajudar a quadrilha que age dentro e fora dos presídios.

A facção criminosa tinha o plano de eleger dois conselheiros do Conselho Estadual de Direitos Humanos. Como não conseguiu, segundo a polícia, resolveu cooptar um deles. O vice-presidente Luiz Carlos dos Santos é acusado de receber R$ 5 mil por mês para fazer denúncias falsas contra policiais e, assim, desestabilizar a segurança pública de São Paulo.

O pagamento desse valor mensal aparece em e-mails trocados entre Luiz Carlos dos Santos e uma advogada que também foi presa.

Em um dos e-mails, Luiz Carlos oferece uma vistoria na penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes, no interior do estado, por R$ 10 mil. A advogada afirma que Luiz Carlos cuidará das vistorias em favor da organização criminosa com o auxílio de desembargadores e que isso teria um custo adicional de R$ 150 mil. Mas o Ministério Público diz que, por enquanto, nenhum desembargador está sendo investigado.

A operação desta terça-feira é resultado de uma investigação que começou há um ano e meio.
No ano passado, a partir da interceptação de uma carta, a polícia descobriu que um grupo chamado “Sintonia dos Gravatas” trabalhava para o crime. São os advogados, que segundo a polícia, serviam de pombo-correio e que foram presos nesta terça.

“Às vezes é uma execução de uma prática criminosa. Só isso já fere por completo a legalidade e os princípios éticos que regem a advocacia. Isso não é pouca coisa. Diga-se de passagem, isso é uma ação que envolve um determinado grupo de advogados, isso não é uma coisa da advocacia”, diz Mágino Alves Barbosa Filho, secretário de Segurança Pública de SP.

Na operação, batizada de Ethos, também foram presos advogados na capital, em cidades do interior e no litoral. Todos foram levados para o presídio de Presidente Venceslau, a 600 quilômetros da capital.
O Jornal Nacional não conseguiu contato com a defesa do conselheiro Luiz Carlos dos Santos e da advogada Vanila Gonçalves, citada nos e-mails.

A presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Diretos da Pessoa Humana se declarou surpresa com a prisão do conselheiro. Maria Nazaré Cupertino disse que todas as denúncias apresentadas por Luiz Carlos têm consistência e estão sendo investigadas.


fonte: G1 
 

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Ladrões invadem casa de cunhado do governador Geraldo Alckmin

Um grupo fortemente armando invadiu a casa do cunhado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na madrugada desta terça-feira (15), na Zona Sul da capital paulista. A informação é do SPTV.

Os assaltantes chegaram ao local por volta das 4h30. Cinco homens estavam em um furgão com placas clonadas. Eles pularam o muro, renderam o vigia e entraram na casa, que fica no bairro do Morumbi, a menos de um quilômetro do Palácio dos Bandeirantes.

O empresário Adhemar César Ribeiro, de 75 anos, estava sozinho no momento do assalto. Ele é casado com Maria Paula Abreu César Ribeiro, irmã da primeira dama do estado, Lu Alckmin.

À polícia, Ribeiro disse que foi agredido com um soco no peito e outro no estômago. Depois, os bandidos teriam colocado uma arma na cabeça dele. Os assaltantes ficaram dentro da casa por cerca de 1 hora. Eles portavam um fuzil e se comunicavam por um ponto eletrônico no ouvido.

Os assaltantes exigiram que o empresário abrisse o cofre onde guardava joias, relógios e dinheiro. E ainda levaram vários objetos de luxo. A polícia investiga se funcionários que trabalharam na casa têm envolvimento com o assalto. Um dos bandidos teria dito "eu já estive aqui".

Na última sexta-feira (11), técnicos estiveram na casa para reparar sensores eletrônicos que ficam em cima do muro. Uma das suspeitas é de que eles possam ter dado informações aos assaltantes.


fonte: G1

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Presídios do noroeste paulista têm detentos acima da capacidade




Os presídios do noroeste paulista estão acima da capacidade. O número de detentos nas celas é muito maior do que as estruturas comportam. A confirmação é da própria SAP, Secretaria de Administração Penitenciária.

Na região de Araçatuba (SP), a penitenciária de Andradina (SP) tem 1.890 detentos, mas a capacidade é para apenas 829, ou seja, 1.061 presos a mais. O mesmo ocorre nas penitenciárias de Lavínia (SP). As unidades 1, 2 e 3, juntas, comportam 2.532 detentos, mas abrigam atualmente 5.785. São 3.253 mil presos a mais. O presídio de Valparaíso (SP) também está abarrotado e tem cerca de mil detentos a mais do que a capacidade permitida. A capacidade é de 873 presos e atualmente tem 1.867 mil.

Só nas penitenciárias de São José do Rio Preto (SP) o déficit é de mais de 1.300 vagas. O Centro de Progressão Penitenciária, por exemplo, está com 864 presos a mais que a capacidade permitida. Esse presídio é do regime semiaberto. A situação nesse caso piorou ainda mais depois de uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal.

“Se valendo de um instrumento legal, com força vinculante a toda administração pública, entendeu que a pessoa não poderia ficar em um regime mais gravoso do que o fixado na sentença. Por isso, os presos em regime fechado, aguardando vaga no semiaberto, foram deslocados para o regime intermediário”, afirma o defensor público Leandro Castro de Silva.

O secretário geral do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo João Alfredo de Oliveira alerta para o perigo da superlotação. “Uma unidade superlotada não é boa para ninguém. É ruim para o preso, para o agente, e para a sociedade, com riscos de fuga e rebelião”, afirma.

Para o juiz Adeilson Ferreira Negri, a superlotação preocupa não só por conta da segurança, mas também porque afeta a ressocialização dos presos. “Você pega a cadeia com número acima de presos não há vagas de trabalho para todos os presos e a maioria fica na ociosidade e isso prejudica a ressocialização”, afirma.

O defensor público afirma ainda que a construção de novos presídios não resolve o problema já que seria necessário para dar conta dessa demanda a construção de um presidio a cada 15 dias. “Esse déficit vem aumentando significativamente nos últimos anos e o Estado não tem condições de fazer frente a uma demanda tão grande de vagas que diuturnamente a gente vê”, afirma.

A Secretaria de Administração Penitenciária diz que a solução é a construção de novos Centros de Detenção Provisória. A SAP afirmou que duas unidades estão sendo feitas na região, em Icém (SP) e Nova Independência (SP), mas reconheceu que as duas estão com as obras em atraso. Uma tem previsão de entrega em janeiro e a outra em julho do ano que vem.


Fonte: G1