Diretores
do SIFUSPEP e do SINDESPE estiveram nesta terça-feira, 22/11, na
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp), para pedir apoio
dos deputados na exigência de um posicionamento da Secretaria de
Segurança Pública do Estado de São Paulo(SSP-SP) sobre a veracidade da
existência de uma lista de agentes de segurança penitenciária(ASPs),
agentes de escolta e vigilância penitenciária(AEVPs) e seus familiares,
que estariam na mira de uma facção criminosa.
A
lista teria sido elaborada por 40 advogados e pelo vice-presidente do
Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana(Condepe), Luiz Carlos
dos Santos- a maior parte deles presos na manhã de hoje na esteira da
Operação Ethos - após receberem propina dos criminosos.
O
dinheiro repassado pela facção também serviria, segundo o Secretário de
Segurança Pública, Mágino Alves Filho, para fazer falsas denúncias de
desrespeito aos direitos humanos nas unidades prisionais com o intuito
de desestabilizar a SSP.
O
objetivo da pressão feita pelos sindicatos é forçar os parlamentares a
pleitear o acesso do SIFUSPESP e SINDESPE às investigações, já que a
vida dos servidores que integram a categoria está em risco.
Os
sindicatos vão encaminhar ofícios à SSP e à Secretaria de Administração
Penitenciária(SAP) exigindo informações sobre essa lista e também a
respeito dos demais desdobramentos da Operação Ethos, que envolveu a
Polícia Civil e o Ministério Público Estadual, que investigavam os
criminosos há 18 meses.
A
FENASPEN, por sua vez, irá protocolar um ofício junto à Comissão de
Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados.
No legislativo federal, os sindicatos contam com respaldo do deputado
Major Olímpio(PDT-SP), que se comprometeu a interceder em favor dos
servidores do sistema prisional.
Na
conversa com os deputados estaduais feita nesta terça-feira, o
SIFUSPESP e o SINDESPE convidaram os parlamentares a participar do ato
público contra a postura de não negociação do governo Geraldo Alckmin
com os sindicatos, dentro da Campanha Salarial Unificada 2016, que
acontece no próximo dia 30/11 em São Paulo, em conjunto com o SINDCOP.
Secretário de Segurança Pública não confirma existência de lista
Em
entrevista coletiva dada a jornalistas na tarde desta terça-feira, o
Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo(SSP-SP), Mágino
Alves Filho, disse não ter a informação, publicada pela manhã em jornais
e em portais de notícias, de que os advogados detidos possuíam uma
lista com os nomes e endereços de servidores do sistema prisional que
seriam alvo de ataques dos criminosos.
Alves
Filho também afirmou que a maioria dos detidos não atuava na defesa da
facção de forma “técnica”, mas sim serviam de “pombos-correio” ao levar
informações de sentenciados para fora das muralhas e trazer outras
informações de fora para dentro das unidades prisionais.
fonte: Sifuspesp