A Prefeitura de Santo Anastácio recebeu nesta semana uma liminar em 
segunda instância que considera inconstitucional uma lei que determina a
 realização de plebiscitos para a instalação de unidades prisionais na 
cidade, criada em 2013. 
O documento, assinado pelo relator Ferreira 
Rodrigues, analisou a situação após ação do Sindicato dos Agentes de 
Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), após a 
administração pública sinalizar o desejo de instalar um presídio na 
cidade.
De acordo com o assessor jurídico da prefeitura, Lauro Shibuya, o que 
foi considerado é que o município não pode criar uma legislação em cima 
de questões de segurança que cabem ao Estado e à União. “Na verdade, a 
decisão da administração pública municipal e estadual não pode ser 
derrubada pelos votos de um plebiscito neste caso”, explica.
A questão da instalação de uma unidade prisional divide opiniões na 
cidade, ainda conforme o assessor jurídico. “Uma parcela da população 
sabe que com a chegada da penitenciária, pode ocorrer uma movimentação 
econômica, assim como uma empresa. Porém outros temem pela segurança, o 
que não deveria acontecer, já que cidades com presídios têm menor índice
 de crimes”, explica.
No despacho que concede a liminar, o relator informou que a lei 
“cerceou a atuação do Estado no campo da segurança pública e do direito 
penitenciário”, o que vai contra as disposições presentes na 
Constituição Federal e na Constituição Paulista.
A prefeitura está em fase de pesquisa de terreno para a possível instalação do presídio, ainda conforme Shibuya.
fonte: G1
créditos: Vinícius Pacheco
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