segunda-feira, 8 de junho de 2015

Lei de Santo Anastácio que exige plebiscito para instalar presídio 'cai'


A Prefeitura de Santo Anastácio recebeu nesta semana uma liminar em segunda instância que considera inconstitucional uma lei que determina a realização de plebiscitos para a instalação de unidades prisionais na cidade, criada em 2013. 

O documento, assinado pelo relator Ferreira Rodrigues, analisou a situação após ação do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), após a administração pública sinalizar o desejo de instalar um presídio na cidade.

De acordo com o assessor jurídico da prefeitura, Lauro Shibuya, o que foi considerado é que o município não pode criar uma legislação em cima de questões de segurança que cabem ao Estado e à União. “Na verdade, a decisão da administração pública municipal e estadual não pode ser derrubada pelos votos de um plebiscito neste caso”, explica.

A questão da instalação de uma unidade prisional divide opiniões na cidade, ainda conforme o assessor jurídico. “Uma parcela da população sabe que com a chegada da penitenciária, pode ocorrer uma movimentação econômica, assim como uma empresa. Porém outros temem pela segurança, o que não deveria acontecer, já que cidades com presídios têm menor índice de crimes”, explica.

No despacho que concede a liminar, o relator informou que a lei “cerceou a atuação do Estado no campo da segurança pública e do direito penitenciário”, o que vai contra as disposições presentes na Constituição Federal e na Constituição Paulista.

A prefeitura está em fase de pesquisa de terreno para a possível instalação do presídio, ainda conforme Shibuya.

fonte: G1
créditos: Vinícius Pacheco

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