quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Ministério Público investiga desvio de dinheiro em presídios do Vale
O Ministério Público decidiu investigar um suposto esquema fraudulento de desvio de dinheiro de presídios, entre eles o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Taubaté. As denúncias apontam que desvio acontecia durante a compra de peças para veículos supostamente quebrados.
Agentes penitenciários, que não quiseram se identificar, denunciaram o esquema, que já é investigado pela Corregedoria do Sistema Penitenciário.
Pelo menos três veículos, que estão encostados no pátio da Corregedoria dos Presídios do Vale, circulavam com peças e motores roubados. Os carros passaram por manutenção.
De acordo com os agentes, o esquema agia quando um dos carros apresentava problema e os diretores administrativos das unidades prisionais mandavam os carros para oficinas - que fariam parte do esquema. Os estabelecimentos faziam serviços desnecessários e mais caros, como uma troca de motor, por exemplo. No entanto, o motor usado no 'serviço', em substituição a um que ainda funcionava, era roubado.
Para a unidade, eram apresentados gastos que variavam de R$ 1 mil a R$ 5 mil. Como os carros ganhavam peças roubadas, parte do dinheiro do 'conserto' era desviado. O esquema era repetido várias vezes com o mesmo carro. O destino dos motores originais dos veículos também é investigado.
Gastos excessivos
Na investigação da Corregedoria dos Presídios foi identificado que o valor gasto com manutenção e compra de peças para apenas um carro corresponder ao valor de 10 carros novos do mesmo modelo.
O golpe só foi descoberto recentemente quando carros antigos, com folhas de despesa altíssimas com manutenção, tiveram que ser retirados de circulação. Para isso, foi necessário pedir baixa dos carros no Detran. Durante a vistoria, antes de envio para o Detran, a direção do presídio detectou peças roubadas nestes carros.
A Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário informou nesta quarta (3) que está apurando os fatos, realizando diligências e inquirindo funcionários. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP)informou que está ouvindo os funcionários das unidades investigadas.
fonte: G1
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