Na manhã desta sexta-feira (7) ocorreu mais um caso de agressão contra agente de segurança penitenciária (ASP) dentro da unidade prisional. A violência ocorreu no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Vila Independência, em São Paulo, contra o ASP Norberto Lopes.
De acordo com as informações de um servidor da unidade que manteve
contato com a reportagem do Sindasp-SP, a agressão ocorreu durante a
soltura do banho de sol, no pavilhão 4. O detento desferiu socos e
pontapés no servidor, e não satisfeito, ainda tentou ferir o agente
penitenciário com um “espeto” de ferro, que foi atingido apenas
superficialmente.
Após a agressão o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) foi chamado e em 15
minutos já estava iniciando uma blitz geral para apreender possíveis
ilícitos, tal qual o “espeto” usado para atingir o servidor.
O ASP foi encaminhado à Delegacia de Polícia para registrar o boletim
de ocorrência e na sequência levado ao Instituto Médico Legal (IML) para
passar pelo exame de corpo de delito.
Conforme a fonte que falou com a reportagem, os servidores da unidade
ficaram revoltados com a agressão ao companheiro de trabalho e
resolveram realizar uma Assembleia Geral dos funcionários da unidade. Os
trabalhadores discutiram a violência praticada e decidiram trancar o
CDP inteiro até a próxima segunda-feira (10), portanto, não haverá
visitas na unidade neste final de semana.
Em casos de agressões contra servidores dentro das unidades prisionais,
a tranca é automática por 15 dias, por determinação da Secretaria da
Administração Penitenciária (SAP), no entanto, neste caso, os
funcionários votaram em assembleia que a unidade inteira ficará trancada
até segunda-feira e o pavilhão 4 permanecerá trancado por 15 dias.
“O Sindasp-SP apoia a decisão dos funcionários do CDP e daqui para
frente, quando ocorrer casos de agressões contra servidores, daremos o
total apoio para que as unidades inteiras fiquem trancadas”, disse o
presidente do Sindasp-SP, Daniel Grandolfo.
O Secretário-geral do Sindasp-SP, Cícero Félix, manteve contato com o
diretor geral da unidade, Mark Christopher Bierast, para saber sobre as
providências que estavam sendo tomadas sobre o caso. Bierast informou ao
diretor do Sindasp-SP que havia feito tudo o que deveria ser feito e
que inclusive havia levado pessoalmente o servidor para o hospital. O
diretor da unidade disse ainda que o pavilhão ficará trancado por no
mínimo 15 dias, sem visitas, jumbo e sem Sedéx. “Gostei muito da atitude
do diretor do CDP”, disse Félix.
fonte: Sindasp-SP
créditos: Carlos Vítolo - Assessor de Imprensa do Sindasp-SP
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