sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Agentes vão responder por tortura em suposta agressão a presos no CDP




A Justiça acolheu a denúncia do Ministério Público contra 33 agentes do Grupo de Intervenção Rapida (GIR), o diretor do Centro de Detenção Provisória (CDP) e o coordenador regional dos presídios por supostas agressões que teriam acontecido dentro de uma unidade prisional em Taubaté, no último mês janeiro. Eles vão responder a um processo pelos crimes de tortura e lesão corporal

Durante a revista do GIR, teriam sido agredidos 111 presos. Laudos do IML comprovaram ferimentos em 65 presos após ação do grupo. "Não há necessidade de se valer de violência física, principalmente por serem agentes do Estado cuja principal função é garantir a integridade do preso e nçao praticar lesão corporal contra o indivíduo que está sob tutela do Estado", disse a juíza corregedora Sueli Zeraik Armani.

O promotor Alexandre Mafetano, apresentou a denúncia à justiça. O processo vai correr na Vara Criminal de Taubaté.

Segundo ele, há indícios de uso excessivo de força contra os presos do CDP. "Além do relato dos presos e o que consta no autos é que se formou uma convicação que houve um abuso no uso da força e motivou a denúncia", disse.

Enquanto o caso não é julgado, os agentes continuam em suas funções.

A Vara de Execuções Criminais de Taubaté apurou que o mesmo tipo de agressão aconteceu na penitenciária de Potim. Presos contaram que foram agredidos por agentes do GIR em maio deste ano.

A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público de Aparecida, que informou que também ofereceu denúncia contra os agentes nesta semana. Em Potim, 74 detentos teriam sido agredidos pelo mesmo grupo de agentes em maio. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) foi procurada, mas não comentou os casos.


fonte: G1

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