Os funcionários do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Suzano entraram em greve na manhã desta segunda-feira (10). A informação é do Sindicato dos Agentes Penintenciários do Estado de São Paulo (Sindasp). Os agentes e o sindicato fazem uma manifestação na frente da unidade nesta segunda.
Na terça-feira (11) sindicato promete mobilizar para a greve os agentes do CDP de Mogi das Cruzes, assim como de todo o Estado de São Paulo. Segundo a entidade, em cada uma das unidades trabalham cerca de 160 agentes.
De acordo com o diretor do Sindasp, Ednei Costa da Silva, apenas serviços essenciais estão sendo feitos. “Com a paralisação só mantivemos os serviços que poderiam prejudicar os presos, como alimentação e banho de sol. Agora sedex, carta, jumbo (alimentos e produtos de higiene que as famílias levam para os detentos) não vão entrar no CDP. A mesma coisa com novos presos e também as saídas dos internos para audiências em fóruns, por exemplo”, explica Silva. O sindicalista afirma que o motivo da greve é a falta de propostas do governo estadual para a data base da categoria, que foi em 1º de março. “Eles nunca respeitam nossa data base [quando é feito o acordo do aumento salarial dos profissionais]. Queremos sentar para negociar um aumento. Temos uma pauta desde o início de 2013, mas o governo nunca quis negociar. Eles marcaram uma reunião amanhã entre o sindicato e os secretários da Casa Civil e da Administração Penitenciária, mas se não houver proposta não terá negociação.”
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) não informou o número de agentes que aderiram à greve. De acordo com a SAP, desde 6 de março os presidentes de todos os sindicatos que atuam no sistema prisional paulista têm conhecimento de que foi agendada para terça-feira (11) uma reunião na Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento. O objetivo é discutir a pauta apresentada pela categoria, informou a secretaria.
De acordo com o sindicato, também ocorreram paralisações na unidade em 2004 e 2006. Atualmente há 2.171 presos no CDP de Suzano e, segundo o sindicato, deveriam ser 768.
fonte: G1 Mogi e Suzano
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