quarta-feira, 13 de março de 2013

Instalação de presídio em Catanduva SP é discutida



A instalação de uma unidade prisional em Catanduva foi tema de reunião entre Prefeitura e representantes da sociedade civil, na tarde de ontem. O assunto foi debatido e integrantes de vários setores da cidade puderam expor suas opiniões. Cerca de 40 pessoas participaram da reunião, dentre elas o Bispo Dom Otacílio Luziano da Silva, presidentes de sindicatos, Lojas Maçônicas e Lions Catanduva.

O prefeito Geraldo Vinholi (PSDB) voltou a informar sobre a abertura do Governo do Estado em conversar sobre o assunto e reforçou a importância em se debater com a sociedade.

Na reunião, o prefeito afirmou que Catanduva ainda possui uma grande lotação na Cadeia Pública e que manda diariamente presos para outros municípios, com isso, pelo menos duas viaturas ficam disponíveis para o transporte de presos, segundo ele, que poderiam ser usadas para rondas ostensivas.

Uma das preocupações apontadas é que como se trata de um projeto de regionalização, Catanduva poderia não ter a unidade em área do município, mas muito próximo. Fazendo com que a cidade arque com as despesas e outra cidade receba os benefícios.

“Caso digamos não e pela grande demanda existente no que diz respeito ao sistema penitenciário, corremos o risco de uma cidade vizinha aceitar, receber respaldo do Estado, gerar empregos, ter aumento na segurança, deixando o ônus para Catanduva no que se diz respeito ao resto”, apontou um dos membros da Maçonaria.

Dom Octacílio Luziano da Silva, que faz parte da Pastoral Carcerária Estadual, mas que em anos anteriores vestiu a camisa, literalmente, do movimento contra o presídio, apontou que a unidade prisional é um bem necessário e afirmou ser justo ter a unidade, uma vez que a cidade também gera presos e precisa comportá-los. “Vejo o presídio como necessário, porém, para que venha para Catanduva ele precisa receber presos regionais e não de outras localidades e também ser composto pelo regime fechado. Não podemos fugir de algo que se faz necessário. Creio que a sociedade tem de ponderar, pois vejo mínimos impactos negativos. Temos de lutar para que ele atenda a necessidade de Catanduva”, comentou o Bispo Dom Octacílio.

Segundo a assessoria de Comunicação, nesta semana outra reunião será agendada, mas ainda não tem data definida.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) reafirmou ontem a necessidade do Estado em construir mais unidades prisionais e também a construção do presídio em Catanduva.

O chefe do Executivo estadual informou durante coletiva à imprensa, que existe a possibilidade de alterar o projeto de construção – de semi-aberto para regime fechado – e garantiu que a cidade terá outros benefícios, com a vinda do presídio. Nem nenhum momento da entrevista, Alckmin afirmou estar aberto ao diálogo e considerar a possibilidade da não construção da unidade prisional.

O governador ainda reforçou que a área já foi escolhida e não fica tão próxima ao município. “Não podemos mais ter presos em distritos ou cadeias”, reforçou.

Alckmin reforçou ainda que se alguma cidade quiser que seja instalada uma unidade prisional terá benefícios do governo, em troca.

Quando houve a primeira declaração de utilidade para a construção do presídio, o prefeito de Novais, Silvio Arruda, teria ido até São Paulo e se mostrado interessado em que a unidade prisional fosse construída em área do município, no entanto, o Governo do Estado não aceitou as áreas indicadas por Silvio Arruda.

O decreto do governador, que declara a área próxima a rodovia Comendador Pedro Monteleone (SP-351) como de utilidade pública para desapropriação, foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, no dia 5 de março.



fonte: O Regional on line

Nenhum comentário:

Postar um comentário