Sob um forte esquema de segurança, com utilização inclusive de
helicóptero, o governo de São Paulo transferiu na tarde desta
sexta-feira (16) Roberto Soriano, o Betinho Tiriça, considerado um dos
principais cabeças da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da
Capital).
Ele deixou o aeroporto de Presidente Prudente (a 558 km de São Paulo)
num voo fretado para Rio Branco, no Acre, onde deverá seguir para o
presídio federal de Porto Velho.
Betinho Tiriça é suspeito de ordenar a morte de seis policiais militares
da Rota. Ele estava no presídio de segurança máxima de Presidente
Bernardes, onde há o RDD (regime disciplinar diferenciado), após ser
flagrado enviando uma ordem para a matança.
Desde maio cumpria pena no regime RDD de Presidente Bernardes.
A transferência de Tiriça, considerado pela polícia como um dos oito
principais integrantes do PCC, é por tempo indeterminado e faz parte de
um acordo entre governo estadual e federal.
Procurada, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) não deu informações sobre a transferência.
ACORDO
Roberto Soriano é o segundo membro desse grupo a ser mandado para um
presídio federal após ser acusado pela polícia de determinar a morte de
policiais militares no Estado neste ano.
O outro preso já transferido para Porto Velho é Antônio Cesário da
Silva, o Piauí, acusado de tráfico que a Secretaria da Segurança diz ter
ordenado a morte de seis PMs.
Piauí estava penitenciária de Avaré, no interior paulista, após ser
recapturado em Santa Catarina.
Embora fosse chefe do tráfico na favela
Paraisópolis, a Promotoria considera Silva um integrante de menor
importância do PCC.
Parte do Ministério Público defende a transferência de toda a cúpula
para outros Estados, já que não há um prazo predefinido para voltarem a
São Paulo. No RDD, onde existe um forte isolamento, o limite máximo é de
360 dias.
Promotores também consideram a transferência uma forma de combater o
crime, uma vez que deve provocar a desarticulação do grupo e a troca
definitiva da cúpula da facção.
BONDE
Além de Tiriça e Piauí, o presidiário Márcio Lemos de Lima, o Marcinho
do PCC, que estava preso em Mato Grosso, foi transferido ontem para
Porto Velho. Ele apontado como um integrante da facção paulista.
Foi levado em um voo comercial. O deslocamento da penitenciária teve apoio da Polícia Federal.
Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Rondônia, Marcinho do PCC é considerado de "alta periculosidade".
Entre as condenações estão três por roubo qualificado, duas por
latrocínio (roubo seguido de morte), que, juntas, somam mais de 50 anos
de reclusão.
fonte: Folha de S.Paulo
créditos: Rogério Pagnan
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