Ao menos dez cartuchos de emulsão de dinamite foram encontrados no
último dia 28 no pátio do raio 2 do CDP 2 (Centro de Detenção
Provisória) de Guarulhos, na Grande São Paulo.
A Polícia Civil e a SAP (Secretaria de Estado da Administração
Penitenciária) não sabem como o material entrou na unidade prisional,
mas, como o tipo de explosivo encontrado é usado em demolições, as
autoridades desconfiam que os presos iam usá-lo para derrubar a muralha
da prisão.
Segundo a Polícia Civil, o diretor do CDP, Emerson Rodrigues Sanches,
37 anos, acionou o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) e
informou que, “durante revista de rotina”, agentes penitenciários
notaram que parte do piso de concreto estava danificada e no local havia
artefatos enterrados.
Homens do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), unidade de elite da
Polícia Militar especializada em explosivos, foram chamados.
Os PMs encontraram dois cartuchos de emulsão de dinamite caseira e
outros oito cartuchos de emulsão de dinamite da marca Maxam, tipo 1.1 D
024.
A equipe do Gate isolou o local, recolheu e apreendeu as dinamites. O caso foi registrado no 4º DP de Guarulhos.
O CDP 2 de Guarulhos tem capacidade para 841 detentos. Até ontem, a unidade abrigava 2.694 presos, o triplo do limite de vagas.
De acordo com agentes penitenciários, o presídio é dominado por
integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Em nota divulgada, a SAP informa que “graças ao trabalho de
inteligência, mais uma vez a ação criminosa foi coibida nas unidades
prisionais”.
Ainda segundo a nota, “o material apreendido pelo Gate é de composição orgânica e imperceptível ao detector de metais”.
A SAP informou também que instaurou procedimento para apurar o caso.
fonte: R7
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