terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Padrasto de Joaquim chega a Penitenciária 2 em Tremembé, SP



O padrasto do menino Joaquim, o técnico em Tecnologia da Informação Guilherme Longo, deu entrada na penitenciária José Augusto César Salgado, conhecida como P-2, em Tremembé, no interior de São Paulo, durante a noite desta segunda-feira (6). Ele estava preso desde o dia 10 de novembro na carceragem da Delegacia Seccional de Barretos (SP) e teve a prisão preventiva decretada na última sexta-feira (3) a pedido do MP. O suspeito foi denunciado pela morte da criança, de 3 anos, que foi encontrada boiando em um rio em Ribeirão Preto (SP), cinco dias após desaparecer de casa em novembro do ano passado.

O padrastro, principal suspeito pela morte do menino, foi transferido para a unidade onde estão presos de casos considerados de grande repercussão, como Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella; os irmãos Cravinhos, condenados em julho de 2006 pela morte do casal von Richthofen; Lindenberg Alves, que matou a jovem Eloá Pimentel; o juiz Nicolau dos Santos Neto 'Lalau' e o jornalista Pimenta Neves.

Longo deixou Barretos por volta das 16h05. O carro da Secretaria da Administração Penitenciária, escoltado pela Polícia Civil, chegou na P-2 às 21h30. O suspeito deve permanecer definitivamente na unidade, até o julgamento do caso.

A mãe da criança, a psicóloga Natália Ponte, voltou para a cadeia de Franca (SP). A Promotoria estendeu a prisão preventiva à mãe de Joaquim porque entendeu que ela teria sido omissa ao manter o filho na mesma casa onde vivia com o companheiro. Longo é denunciado pelo MP por homicídio triplamente qualificado.

Caso

Joaquim Ponte Marques foi encontrado morto no dia 10 de novembro, boiando no Rio Pardo. Ele havia desaparecido no dia 5 de novembro da casa onde vivia com a mãe Natália Ponte, o padrasto, Guilherme Longo, e o irmão, no bairro Jardim Independência, em Ribeirão Preto.

O indiciamento do padrasto foi feito baseado em um conjunto de provas: o trajeto feito por cães farejadores e a diferença de doses de insulina encontrada em uma das canetas que eram usadas no menino – que sofria de diabetes. O fato foi determinante para incriminar o suspeito.

Para a polícia, Longo aplicou uma superdose de insulina no menino e depois jogou o corpo dele em um córrego que fica nas proximidades da casa da família. Entretanto, o delegado diz não ter encontrado indícios que pudessem ser levados em consideração para que Natália respondesse pela morte do filho.

Já a Promotoria teve outro entendimento, ao considerar a omissão de Natália. Na quinta-feira (2), o promotor Marcus Túlio Nicolino encaminhou à Justiça de Ribeirão Preto a denúncia sobre a morte de Joaquim. Além do indiciamento por homicídio e do pedido de prisão preventiva do padrasto – formalizados em relatório elaborado pela Polícia Civil.


fonte: G1 Vale do Paraíba e Região

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