terça-feira, 13 de agosto de 2013

'Estamos vulneráveis', diz pai de agente penitenciário morto a tiros



Continuam as investigações para descobrir quem matou um agente penitenciário em Praia Grande, no litoral de São Paulo, no último sábado (10). Ele foi o terceiro agente do Centro de Detenção Provisória da cidade assassinado em menos de dois anos, de acordo com o sindicato da categoria.

O pai de Thiago Nunes da Silva fez um desabafo logo após o enterro do filho. “Infelizmente eu sou mais um pai que estou enterrando o meu filho. Ele sempre trabalhou, deixou duas filhas, uma de seis e outra de três anos. Nós estamos vulneráveis. Amanhã outros pais vão estar chorando a morte do filho, como eu e minha esposa estamos hoje. Era filho único”, desabafa Almir da Silva.

Em menos de dois anos, Thiago foi o terceiro agente penitenciário do CPD de Praia Grande assassinado. A informação é do diretor do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional, Luiz da Silva Filho. Os números no Estado de São Paulo também chamam a atenção. “No ano passado foram 22 agentes penitenciários mortos. Este ano é o quinto agente penitenciário morto. Só neste CDP de Praia Grande é o terceiro em menos de dois anos”, relata.

O diretor do sindicato afirma que as ameaças a esses profissionais acontecem dentro e fora das cadeias. Ele pede providências às autoridades. “Nós queremos que o Estado dê condições de trabalho para nós. As cadeias estão superlotadas, falta condições de trabalho e segurança. O Estado não faz o que tem que ser feito. O crime organizado vai lá e cobra, dentro e fora das cadeias”, afirma Luiz.
Em nota, a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo, diz que a Polícia Civil investiga a morte do agente penitenciário. Afirma ainda que as imagens de câmeras de segurança podem ajudar a identificar os assassinos.

Caso

O agente penitenciário de 27 anos foi morto no bairro Tupiry, na madrugada do último sábado, quando voltava pra casa de moto. Segundo a perícia, os criminosos atiraram pelo menos 10 vezes contra ele. Como recebia ameaças, Thiago andava com um colete a prova de balas. Mas além do peito, ele também foi baleado no pescoço e no quadril. Mesmo armado, não conseguiu reagir. De acordo com a polícia, o veículo usado pelos criminosos bateu na moto onde a vítima estava. Até agora ninguém foi preso.


fonte: G1

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