quinta-feira, 31 de março de 2011

"Saidinha" e morte em Cunha SP

A saída temporária é um benefício previsto em lei. E foi em 2009, que o detento Ananias dos Santos, de 27 anos saiu pela porta da frente do CPP Dr. Edgard Magalhães Noronha em Tremembé-SP, a "P Mano" e nunca mais voltou. A cada saída, milhares de condenados pelo país não voltam para a cadeia e alguns se envolvem em tragédias, como essa de Cunha. Segundo a polícia, Ananias, foragido da justiça, é o principal suspeito da morte de duas jovens, as irmãs Juliana de 15 anos e Josely de 16 anos, que retornavam da escola e tiveram seus corpos encontrados cinco dias depois a 8 km do local onde foram vistas pela última vez.
De acordo com exames realizados pelo IML de Guaratinguetá (187 km de SP), o corpo de Josely tinha marcas de dois tiros (na cabeça e no peito) e o de Juliana, de quatro (três na cabeça e um no peito).
Os corpos também tinham sinais de violência, como cortes no pescoço. Amostras colhidas e encaminhadas para um laboratório apontam que não houve violência sexual contra as adolescentes.
O caso em Cunha levanta mais uma vez a discussão sobre a saída temporária de presos. Segundo a polícia, há outros assassinatos cometidos por criminosos que receberam o beneficio.
Em todo o país a média de retorno é de 93%.
Advogados criminalistas acreditam que a falha está na estrutura do sistema penitenciário brasileiro.

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