segunda-feira, 28 de março de 2011

Cinco funcionários do sistema já foram assassinados neste ano

Quatro agentes de segurança penitenciária e um agente de escolta e vigilância penitenciária foram assassinados somente nos dois primeiros meses deste ano no Estado de São Paulo. Apenas um desses casos já está esclarecido: a morte do AEVP Eudemar Souza Marques, ocorrida em fevereiro em Osasco durante uma briga com um colega de trabalho. Os outros quatro casos, não se sabe ainda se têm a ver com o exercício da função.
Preocupada com essa incidência de assassinatos, a direção do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo - SIFUSPESP - cobra do Governo do Estado a devida apuração dos crimes e punição aos responsáveis. "Precisamos saber o que vem causando tantas mortes entre os servidores. É importante descobrir se são casos isolados ou se há algo orquestrado contra os funcionários", pondera o presidente do sindicato, João Rinaldo Machado.
Além do AEVP Eudemar Souza Marques, foram assassinados neste ano os ASPs Evandro Domingues Fabbri (janeiro, em Piracicaba), Ivair Urbano (janeiro, em Taubaté), Roberto Morais Berlce (fevereiro, em Praia Grande), e Bruno Barbosa (fevereiro, em Caraguatatuba).
Pelo que se tem notícia, apenas no caso da morte do AEVP as circunstâncias são conhecidas e descarta-se a hipótese de crime encomendado. "Os outros assassinatos ainda são um mistério para nós. Sabemos que a Secretaria de Segurança Pública está investigando, mas não conseguimos obter novas informações sobre o andamento dos casos, o que é preocupante. Por isso decidimos enviar ofício ao secretário Antonio Ferreira Pinto solicitando que nos envie informações oficiais sobre a investigação desses assassinatos", esclarece João Rinaldo.
SSPO SIFUSPESP, através do ofício de número 038/2011, remetido à SSP (e protocolado no órgão competente) em 15 de março, está cobrando da Secretaria de Segurança Pública as investigações e soluções sobre os assassinatos dos agentes penitenciários ocorridos neste ano. Para João Rinaldo, o que a categoria quer é que "os envolvidos sejam identificados e presos".
Segundo o presidente do SIFUSPESP, o secretário da SSP Antonio Ferreira Pinto disse no ano passado que uma equipe do DHPP seria destinada para investigar atentados e assassinatos de agente penitenciários e policiais.
"Nossa expectativa é de que essa equipe especial realmente tenha sido designada, porque o cotidiano dos servidores do sistema e dos policiais é permeado pela violência, pela insegurança, pelo risco de ser agredido ou morto."

fonte: SIFUSPESP
http://www.sifuspesp.org.br/?q=220311assassinatos

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