terça-feira, 12 de novembro de 2013

Mais 2 chefes de facção são removidos para segurança máxima



Mais dois chefes da facção que age dentro e fora dos presídios paulistas foram transferidos da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau para o presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes: Julio Cesar Guedes de Morais, conhecido como Julinho Carambola, e Francisco Tiago Augusto Bobo, o Cérebro. A transferência ocorreu na tarde desta terça-feira (12).

Os dois, de acordo com o Ministério Público, foram flagrados em escutas telefônicas atuando no crime organizado, dando ordens para integrantes presos e em liberdados para controlar o tráfico de drogas, autorizando compra de armas e até execuções de policiais e autoridades. As interceptações foram divulgadas em outubro, depois de três anos de investigações da promotoria, e culminou no pedido de prisão de 175 pessoas – todos negados pela Justiça – e a denúncia contra cerca de 30 detentos.

Julinho e Cérebro encerram as transferências autorizadas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), realizadas desde o dia 29 de outubro, do primeiro e segundo escalões da quadrilha. Nesta segunda-feira (11), foi divulgada a remoção de Antônio José Müller Junior, conhecido como Granada. Ele faz parte, segundo o MP, de um outro “setor” da facção e é responsável pelo relacionamento com os advogados contratados pelo crime organizado.

Já foram encaminhados para a Penitenciária de Presidente Bernardes, Fabiano da Silva, o Cansado; Fabiano Alves de Souza, o Paca; Eric Oliveira Farias, o Quebra; Paulo César Souza Nascimento Junior, o Paulinho Neblina; Daniel Canônico, o Cego; e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho – transferido nesta segunda-feira (11).

No novo presídio, eles serão submetidos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), onde o preso fica isolada na cela, tem apenas duas horas de banho de sol por dia, as visitas são controladas e é proibido qualquer contato com o mundo externo por meio da mídia.

Julio César Guedes de Morais foi condenado a 117 anos e 26 dias de prisão por roubo e homicídio. Ele é tido pela Justiça como o mentor do assassinato do juiz-corregedor Antônio José Machado Dias, em 2003, em Presidente Prudente.

Já Francisco Tiago Augusto Bobo cumpre pena de 37 anos e 9 meses por promover ou facilitar fuga, sequestro, ameaça ou violência a funcionário; destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia; e porte ou posse de arma de fogo de uso restrito.


fonte: G1

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