Famílias de presos da região noroeste paulistas reclamam de
superlotação e condições precárias. A justiça diz que o sistema
prisional é falho e não ressocializa ninguém. A reportagem foi exibida
no Tem Notícias deste sábado (13).
No Centro de Detenção Provisória de São José do Rio Preto
(SP), os problemas começam do lado de fora e não atingem apenas os
presos, mas também os parentes deles. Em imagens gravadas pelo tem
notícias, uma mulher aguarda pela hora da visita deitada na calçada. É
uma longa espera e quem consegue entrar, sai preocupado. Os parentes
reclamam da superlotação e das condições precárias do local.
Os problemas do sistema prisional se repetem em outras cidades da
região e do Estado. Um levantamento da Defensoria Pública indica que
seria preciso construir dois presídios a mais por dia para suprir a
demanda. Diariamente, faltam vagas para 80 presos no estado de São
Paulo.
São cerca de 2.800 vagas nos presídios da região de Rio Preto. Mas
hoje, eles abrigam cerca de 5 mil detentos, quase o dobro da capacidade.
A penitenciária de Riolândia (SP) tem capacidade para 792 presos e abriga o dobro. Na região de Araçatuba (SP), a situação também é grave. As 11 penitenciárias tem cerca de 4 mil presos além da capacidade.
A superlotação dessas unidades também reflete nas cadeias. Há três
semanas, 26 detentos fugiram da carceragem da delegacia de investigações
gerais de rio preto. Até agora 19 foram recapturados.
Em visita à região no mês passado, o governador Geraldo Alckmin disse
que o estado aposta numa parceria público-privada e na construção de
novas penitenciárias para solucionar o problema. Para os parentes de
presos, cada dia de espera para ver os detentos em melhores condições é
longo e doloroso.
fonte: G1
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