terça-feira, 11 de março de 2014

Em greve, agentes impedem entrada de detentos em presídio de SP


A greve dos agentes penitenciários entrou no 2º dia e provocou nesta terça-feira (11) confusão em presídios do interior e da cidade de São Paulo. Um comboio vindo do interior foi impedido pelos grevistas de entrar no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na Zona Oeste da capital, e bloqueou faixas da Marginal Pinheiros. Depois de 20 minutos, o acesso ao presídio acabou liberado, informou o SPTV.

A confusão começou quando o comboio com os presos chegou, nesta manhã, à Penitenciária de Martinópolis, na região de Presidente Prudente, no interior do estado. Eram 14 caminhões com um número não revelado de detentos e um ônibus com 42 presos que saíram de Presidente Venceslau, na mesma região.

Na porta do presídio, os agentes em greve fizeram um cordão de isolamento e não permitiram a entrada. Escoltados pela Polícia Militar, os caminhões e o ônibus ficaram em frente à penitenciária e no acostamento da estrada. Os PMs se reuniram para decidir o que iam fazer. Depois de duas horas, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) determinou que os detentos fossem encaminhados a outros presídios do estado.

Em nota, a secretaria informou que todos os veículos que transportavam presos efetuaram os serviços de transporte de carga de detentos. A nota destacou ainda que a penitenciária de Martinópolis é utilizada apenas como ponto de encontro dos veículos que saem da região e seguem viagem para a capital paulista.

No fim da tarde, um novo impasse. Os presos que foram recusados no interior chegaram à capital, mas o comboio foi barrado pelos grevistas. Doze veículos, incluindo um ônibus, ficaram parados na pista local da Marginal Pinheiros enquanto os agentes que conduziam o comboio negociavam a entrada. Duas pistas ficaram bloqueadas e os carros só podiam passar por uma.

Depois de 20 minutos, os grevistas decidiram liberar a entrada no CDP em troca da participação dos agentes na assembleia da categoria. O estado tem 30 mil agentes. A categoria se reuniu em assembleias regionais na noite desta terça para analisar as propostas do governo para o fim da greve. Entre elas, a extinção de um nível com promoção imediata para todos os agentes, o que possibilita a revalorização salarial.

A categoria pede, segundo a assessoria do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp-SP), reajuste salarial de 20,64%, redução das classes (de 8 para 6), aposentadoria especial com 25 anos de carreira entre outras reivindicações.


fonte: G1 São Paulo


Um comentário:

  1. Um agente precisa mesmo de esconder seu nome sua identidade.
    pois só sabem maltratar as visitas dos presos,não tem nem uma educaçao por nós familiares.

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