sábado, 7 de janeiro de 2012

Presos agridem agente penitenciário em Ribeirão

Violência contra servidor ocorreu na manhã desta quarta-feira e foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária


Detentos da Penitenciária de Ribeirão Preto agrediram com socos e chutes um agente de segurança penitenciária de 33 anos, na manhã desta quarta-feira (4). A vítima sofreu escoriações na cabeça e na região das costelas.

O servidor fazia a contagem dos presos das celas do raio 4 por volta das 6h, quando um detento passou a agredi-lo, já que não queria contribuir com a medida administrativa. Instantes depois, outros quatro presos também passaram a bater no mesmo agente.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) confirma o episódio em nota e diz que a agressão ocorreu de "maneira bastante covarde".

A reportagem apurou que 22 presos envolvidos na briga foram transferidos nesta quinta-feira (5) para a Penitenciária de Presidente Venceslau, no Oeste do estado.

"Eu fazia a contagem dos presos do raio 4, quando um deles não quis contribuir e começou a me xingar. Por desacato, decidi levá-lo para o Pavilhão Disciplinar", conta o agente.

A vítima foi socorrida por outros agentes que também cumpriam o mesmo trabalho.

Após ser socorrido, o servidor passou por exame de corpo de delito e está afastado de suas funções por dois dias. "Estou bastante assustado. Sou agente há três anos e meio. Recebi toda a assistência da Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Noroeste, como atendimento psicológico. Quero agradecer", comentou.

Como o agente tem problemas de saúde, funcionários da penitenciária ouvidos pela reportagem afirmam ter solicitado ao diretor do Centro de Disciplina e Segurança para que ele seja designado para outra função sem contato direto com os presos, o que minimizaria o risco de novas agressões. Entretanto, o pedido não foi atendido.


Apoio de Marília - GIR

Logo depois da briga, agentes da Célula de Intervenção Rápida (CIR) fizeram uma revista nas celas, por volta das 8h30. Uma segunda varredura foi feita no raio 4, que mantém pelo menos 390 presos, pelo Grupo de Intervenção Rápida (GIR) de Marília. O procedimento administrativo levou quase duas horas e meia.


créditos: Wesley Alcântara

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