O agente de segurança penitenciária (ASP), Eder de Aquino Santana, do CDP de Pontal, procurou o Sindasp-SP
para relatar que foi prejudicado pelo Diretor de Centro Segurança e
Disciplina (DCSD) da unidade, Mario Possar Junior, ao ser transferido
para o turno da noite.
O ASP manteve contato com o Diretor Administrativo da Sede Regional do
Sindasp-SP de Ribeirão Preto, José Carlos dos Santos Ernesto, para
comunicar que foi transferido forçadamente por não aceitar ficar sozinho
com 30 sentenciados que utilizavam facas na cozinha.
De acordo com o diretor do Sindasp-SP, o servidor perguntou ao diretor
de Disciplina o motivo de o outro funcionário que trabalhava com ele na
cozinha ter sido retirado do setor. O diretor de Disciplina alegou que o
outro funcionário de apoio da cozinha foi retirado para auxiliar os
trabalhos na portaria, e que o servidor ficaria sozinho.
Ao receber a informação do diretor de Disciplina, Santana disse
novamente que não ficaria sozinho na cozinha com 30 sentenciados
utilizando facas. De acordo com Santana, por ter questionado a atitude,
foi imediatamente designado para trabalhar na portaria e informado que
por esse motivo seria transferido de turno.
O diretor do Sindasp-SP relata que o ASP lhe disse que, ao chegar na
portaria, lembrou que havia esquecido de preencher o livro ata e que por
isso voltou à cozinha para preencher o livro e fazer a passagem de
posto. No entanto, foi impedido pelo diretor de Disciplina. “Não quero
mais ele aqui. Vou mudar ele de turno. Não deixe ele entrar”, dizia o
Disciplina, segundo relatou o ASP ao diretor do Sindasp-SP. Na
sequência, o servidor disse que voltou para a portaria e requereu uma
saída médica, tendo em vista que começou a passar mal.
De acordo com o diretor do Sindasp-SP, o ASP ressaltou que “sua
transferência para o turno da noite foi uma forma de vingança do diretor
de Disciplina”. O servidor também destacou que a transferência para o
turno da noite irá prejudicar o tratamento de saúde de sua esposa, que
também é ASP. “A minha esposa está passando por tratamento psicológico.
Trabalhamos no mesmo plantão. Ela não pode ficar à noite sozinha. A
minha vida não vai ser fácil depois disso”, relatou o servidor.
O diretor do Sindasp-SP disse que conversou com o diretor Geral Marcos
Massao e também com o Disciplina, para que eles revissem a situação do
servidor. O diretor Geral disse que não poderia desautorizar o diretor
de Disciplina, mas que iria conversar com ele para ver se ele voltava
atrás da decisão tomada. No entanto, o diretor de Disciplina disse que
“não voltaria atrás de forma alguma”. Disse ainda que o que foi feito
com Santana servirá de exemplo para os outros e que também estava mesmo
precisando de mais um funcionário para o turno da noite.
O Diretor Administrativo da Sede Regional do Sindasp-SP de Ribeirão
Preto disse que, tendo em vista a gravidade dos fatos, o caso será
analisado Departamento Jurídico da regional.
fonte: Sindasp
créditos: Carlos Vítolo - Assessor de Imprensa Sindasp-SP
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